sábado, 22 de agosto de 2015

Eleições Legislativas - 2015 (6) - Ler para compreender (V)

Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos, não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno. (1)
(1) - Agostinho da Silva, O Terceiro Caminho, Diário de Alcestes [1945], in Textos e Ensaios Filosóficos I, p. 217.
É um livro pequeno, sintético de um desastre chamado Portugal e aquilo que do PS ao CDS tem sido feito contra uma identidade nacional e o que importa mudar para que a pátria de Camões possa realmente ser chamado de País. Paulo Morais, desde 2011, quando saiu da vereação da habitação, da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia iniciou um campanha cívica capaz de desmontar o que de mais prejudicial tem negado uma vida de dignidade a largos milhões de portugueses. Esse factor em que ele insiste tem o nome de corrupção. É de facto nela directa e indirectamente que processos de ilícitos se deitam na indiferença política das maiorias, nas leis formuladas e não praticadas, numa sociedade esquecida de crianças, de velhos e de representação do seu próprio território.
O livro organiza-se em alguns tópicos, a saber:
  • Os princípios constitucionais;
  • O funcionamento das Instituições;
  • A corrupção e a pobreza do país;
  • A destruição do património - as privatizações;
  • A mentira e a transparência na política.
Partindo de um quadro que conhecemos e que resulta numa sociedade controlada por partidos, sem representação institucional nas pessoas, com uma justiça também ela assimétrica, Paulo Morais em Janela do Futuro, propõe um conjunto de ideias. Estas implicam coragem, uma Presidência da República que realmente represente institucionalmente um País, um programa anti-corrupção e uma transparência, capazes de devolver aos cidadãos as possibilidades de contribuir para uma sociedade de todos. 
É um livro que se lê como um programa de mudança. Participar na construção de alternativas que não sejam a manutenção dos privilégios dos instalados no poder político e na finança implicam também que as pessoas participem. São os povos esclarecidos, os que lutam contra a injustiça, os que podem mudar e influenciar a sua vida e a dos outros. Este conjunto de mudanças essenciais implicam um conhecimento e uma atitude de todos nós. É essencial a participação de todos, para contrariar os privilégios que os partidos do sistema têm provocado em minorias não eleitas.

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