segunda-feira, 8 de junho de 2015

Um governo de medo e mentira (VIII) - a propaganda da salvação

"From the days ok John the Baptist
Until now, the Kingdom of Heaven suffereth
Violence, and the violent bear it away." - Mattew, 11:12

Acreditais pouco nesta nossa força, que em assembleias de fé nos dão as garantias de tudo o que faremos. O fim de passivos externos, aprovadas em coligações de força e esperança na nossa palavra, a débil palavra de quem é irrevogável e as outras todas, as verdades ausentes de espírito, que os outros não entendem. 

A do crescimento sustentável, como uma profecia de beleza e pão. A da descontinuação do desemprego, mesmo que seja em orações de formação profissional para cozinheiras saberem fazer flores de papel, ou da emigração incentivada, mas que não era incentivada, pois nem todos os fiéis guardam no coração a palavra sábia, ou as ocupações não pagas, como altruísmo de cristãos empenhados. A do fim da pobreza de funcionários, nem que seja tão longe como o céu dos esquilos, de uma outra década. 

E os velhinhos, coitados a quem de modo altruísta, como só a nossa coligação sabe ser, poderemos ter de cortar coisa pouca. E sim, daremos ao pobre País, um grande País, o maior, o universal, o dos mares, sulcados por submarinos de luz, e onde toda a função social do Estado se cumprirá. Acreditemos, pois esta é uma assembleia de esperança, de salvação pura para o céu que havemos de conquistar, como as manhãs gloriosas dos outros, mas que são só nossas. Do dinheiro, da finança, do poder político reinvestido nos bancos e das nossas grandezas eternas, a nossa justa palavra que tudo nos diz e tudo nos dará. 

É verdade que existem escolas e universidades, jornais e televisões, uns tipos que pensam qualquer coisa, mas nós pensamos tudo. Temos a esperança dos nossos think thank, as nossas formas vitais de pensar, as agências que irão garantir a salvação que aqui deixamos, nesta esperança maior.

As palmas, as mãos, o olhar do srº irrevogável dizem tudo, aos que não forem cegos de nascença. O tempo, essa medida paradoxal, que nos convoca a identificar o sentido da nossa existência. Os nomes e as coisas, como o disse Sophia convoca-nos para que sejamos nós a reescrever o sentido das nossas vidas. Somos nós individualmente que devemos criar o que pensamos ser o mundo que recebemos, e dar-lhe um sentido. Não são assembleias de crentes, sem palavra substantiva, a criar o céu que apenas albergam os eleitos de sempre. Pensemos nisso.


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