quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Um governo de medo e mentira (IV)

"O poder não é um meio, é um fim em si mesmo". (George Orwell, 1984)

Três informações revelam-nos de como a base do governo de sua majestade, o presidente da república, um governo de interesses calculados entre a finança sem critérios de regulação e um poder político de privilégios de uma minoria se alicerça no essencial, o poder como forma de dominar uma sociedade, escravizando-a nas suas possibilidades.

1. 17.07.2014 - A ministra das finanças com a verdade com que costuma falar nas suas declarações garante: "Não estamos a preparar nada, nem temos qualquer indicação que isso possa ser necessário".

2. 21.07.2014 - O garante da Lei em referências de um país de liluputianos com a reverência à profundidade profunda com que decanta as palavras, o presidente da república: " De acordo com a informação que tenho do próprio Banco de Portugal, considero que a sua actuação tem sido muito, muito corrcta".

3. 06.09.2014 - O ministro da economia, na postura do grande sábio, revelou que o desastre é lamentável, mas nós não sabemos explicar no grande exercício de cidadania de que somos como sociedade parte de um grupo de incapazes: "Os acontecimentos relativos ao BES são inexplicáveis". (1)

Os actores políticos e económicos que se autopromovem estão no presente momento de decadência moral sem nenhuma ideia de boa vontade, apenas a de favorecer os negócios que permitem o essencial - manter o poder. Não existem mecanismos de regulação. Em Janeiro de 2010, os excelsos empresários da banca renunciaram a um código de ética na gestão bancária e a autorização do banco de Portugal a negócios de um banco há muito em suspeita só revela que aquele se comporta sem nenhuma ética de regulação.

 É é apenas isto em que o País se tornou, um conjunto de pessoas que enriquecem à custa do trabalho de uma sociedade, revelando um desprezo por toda a decência. As instituições de soberania não escapam. Não é possível chamar a isto Democracia. Pena que quem utiliza o espaço mediático não saiba na sua grande maioria exercer um papel de cidadania. É preciso lutar, denunciar contra os privilegiados, os senhores do momento, um novo Big Brother de campos sociais destruídos. Um exemplo que importa seguir. Aqui.

(1) - Fonte - Jornal Expresso

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