"(...) Onde ainda no mármore das mesas
Buscamos o rastro frio das tuas mãos
- O imperceptível dedilhar das tuas mãos (...)
Com meticulosa exactidão desenhaste os mapas
Das múltiplas navegações da tua ausência (...)
E tinhas muitos rostos
Para que não sendo ninguém dissesses tudo
Viajavas no avesso no inverso no adverso (...)
E celebro a tua chegada às ilhas onde jamais vieste
Estes são os arquipélagos que derivam ao longo do teu rosto
Estes são os rápidos golfinhos da tua alegria (...)
aqui brilha o azul respiração das coisas
Nas praias onde há um espelho voltado para o mar (...)
Como se o teu navio te esperasse em Thasos
Como se Penélope
Nos seus quartos altos
Entre seus cabelos te fiasse"
Sophia, in O Nome das Coisas
(Imagem, via http://bearmountains.tumblr.com/)
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