"Eu canto por prazer, não acredito nem em sonhos, nem em destino" (1).
Há dois anos (feitos a 17 de Dezembro) que sentimos na ausência da sua presença física, o andar desajeitado e a voz límpida do mar azul. Nela a explicação da palavra está dispensada. Não existe nenhuma ideia para cumprir, nenhum percurso a atingir, nem um destino a alcançar. Apenas acordar com o raio matinal, correr ao sol, nadar entre o sal e dançar nas noites de luar as nossas sombras, a nossa respiração. O sentimento e a alma ainda são faróis de iluminação, nestes dias onde a solidão se torna sabedora da nossa finitude. Com Cesária Évora apenas importa escutar o silêncio e as palavras respiradas da sua música. Em baixo um pouco da sua graça que nos deixou em tons de grande beleza.
(1) Entrevista a Cesária Évora, Mundo Lusíada, 2008
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