quinta-feira, 12 de setembro de 2013

No Porto, entre as tuas margens


Nesta cidade, grande demais para cidade e especialmente pequena para nação é um mistério impossível de categorizar, na bela expressão de Carlos Tê. Há nela o reconforto da luz sombria que espelha as sombras dos sentimentos moídos pelos voos esquecidos.
Reencontrei nela a minha pele, a brisa empurrada pela nortada que me fez deslizar pelos caminhos de camélias, onde as flores  amarelecidas me fazem lembrar o que tanto amei e continuamente amo.
A tua pele branca ao raiar da aurora, o teu sorriso leve entre a penumbra azul. Olho para ti e penso se poderás ainda abraçar-me ao fim da tarde, entre os pasos de um sonho? Percorro este tempo e tenho em ti os passos transparentes que me fazem recordar o fio de ouro do Cabedelo e a saudade de aí repousar este olhar no teu sorriso de granito e camélias perfumadas pela maresia da Foz.
Imagem, © Pedro Fonseca, via Página do Facebbok, Porto, A melhor cidade do País

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