terça-feira, 18 de junho de 2013

Um dia de greve...


Um dia de Greve
Chego à escola cedo. Diz-se ser este um dia de greve. Levo um livro sobre A Casa Amarela e o encontro entre Gauguin e Van Goh. Percebem-se apenas desencontros. Os alunos fizeram os exames. Assiste-se a uma adesão esmagadora. Pouco relevante. As notícias chegam. Também em muitas cidades muitos se indignaram. E há aqui um cansaço.O da ideologia, a da imoral política que reconhece a lei apenas em proveito próprio. Chove ao fim da tarde. Mais um dia cinzento. Pela noite, o mesmo espectáculo de sempre. Os eleitos para reflectirem sobre o dia, fazem o discurso de sempre. Os professores grevistas são uns irresponsáveis. Na Democracia, os direitos são inalienáveis, só os dos alunos. As greves só são justas se forem a brincar, como quando se do sai do sono, quando as consciências estão a dormir. Até o representante do bispo de Roma fala em consultar a consciência, mas, não de todos. É por isso que somos esta nobreza de País, onde tudo é aceitável, onde as instituições deixam o cidadão à organização feroz dos interesses privados. O comboio das autárquicas e dos candidatos dos partidos do poder esclarecido e votado dá-nos a luz da condução das reais possibilidades de uma sociedade digna, capaz de existir fora do espectáculo neoliberal. Resta-nos estas vozes, esta conversão da cultura finita, que a arte e a cultura nos deixam, as dispensáveis preciosidades na voz dos que nos media todos os dias nos esclarecem da nosso mitológica memória.

Sem comentários:

Enviar um comentário